intercÂmbio, formação e residências
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Encontrar para contemplar
trocar
criar.
Ao longo de mais de treze anos (desde 2010), o sítio da NAU vem sendo pensado como espaço privilegiado de interação com a natureza por meio da criação artística. As intervenções arquitetônicas privilegiam usos alternativos e sustentáveis da água, da energia solar e dos demais recursos naturais presentes na região (argila, pedras, lenha etc.) Não há luz eletrica, sinal de celular ou internet no local, o que amplifica a percepção do território e propicia uma convivência mais intensa entre os grupos que o espaço recebe. As residências organizadas aqui implicam também, para muites artistes e pequisadores, uma descoberta da zona rural e os trabalhos que estão ligados a ela: catar lenha, comprar alimentos diretamente dos pequenos agricultores vizinhos, capinar, abrir caminhos, cozinhar coletivamente, planejar o uso dos recursos etc. Estas atividades colaboram para aprofundar mais intensamente as reflexões sobre como o antropocentrismo, inclusive no meio artístico, precisa ser questionado e problematizado. Os trabalhos artísticos se entrelaçam com o saber-fazer coletivo no desafio de repensar a centralidade da urbanidade e os binarismos coloniais que atravessam nossas vidas. Para a linguagem da dança, tão constantemente higienizada em teatros e festivais, o espaço da NAU oferece um lugar propício para experimentações diversas, oferecendo territórios inclinados, pedras, árvores e águas, assim como também espaços cobertos de madeira, tatames e lonas para práticas corporais específicas.
Retiro e Relação:
Os contornos e contextos sociais que nos interessam.
Desde sempre nos interessou que a NAU estivesse configurada para possibilitar espaços-tempos íntimos de convivência, sonhos, cuidados e criação, tanto quanto manter-se orientada para o encontro e atuação com o entorno social em que esta inserida, nesta região da Chapada Diamantina., de características predominantemente rurais, remanescentes quilombolas, resquícios e histórias do garimpo e de uma memória indígena cujos vestígios podem ser também encontrados em inscrições rupestres nos arredores. Assim, seja nas próprias programações que oferecemos ou na acolhida de artistas com suas próprias propostas para tempos de Intercâmbio ou Residências, nós estimulamos essa porosidade, esse trânsito entre, por um lado, o abrigo nos contornos estabelecidos de tempo e contexto no sítio e sede da Nau e, por outro lado, atividades ou visitações que levem ao encontro dos povoados e gente local, com seu próprio modo de viver, valores, desafios e poéticas. Em outras palavras: são muito bem-vindas: propostas artísticas, educacionais e de pesquisa voltadas ou permeáveis a esse encontro social e cultural com o território.
Os formatos.
Quando, quanto, como, quem tira quem para dançar?
Cada ano existem Chamadas de nossa própria iniciativa para tempos de Residência coletiva na NAU, com programações e propósitos mais abertos ou mais fechados `(sem, contudo, nunca se afastar do norteamento de co-criação que nos interessa). Pontualmente, alguns cursos, eventos e realizações de projetos específicos podem também ecoar convites para participações e visitações.
Da mesma forma, recebemos propostas de outras iniciativas, coletivas ou individuais, que partam de artistas (ou não) interessados em um tempo próprio de Residência e Intercâmbio na NAU, para o qual colocamos a disposição nosso "chão", estrutura física, saberes e conexões locais para que juntos possamos configurar as melhores condições para a proposta no contexto da NAU. Nos processos criativos e de investigação, é possível ainda elaborarmos formas de interlocução ou parceria direta com um ou mais dentre os artistas docentes da NAU. Períodos e custos envolvidos são discutidos e combinados previamente, procurando a melhor adequação às necessidades, disponibilidades e condições.
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Ao mesmo tempo, leia um pouco mais sobre o NOSSO CONVITE, como chegar e apresente-se um pouco mais preenchendo o FORMULÁRIO DE INTENÇÃO-INSCRIÇÃO para nosso programa de Residências,
