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Residência Artística
Mulher-Território

CHAMADA ABERTA ATÉ 25 DE OUTUBRO de 2025

A Otratierra - Escola de Artivismos, o Instituto NAU e as comunidades quilombolas de Remanso (Lençóis), Corcovado (Palmeiras) e Tejuco (Palmeiras) lançamos hoje, 02 setembro de 2025, chamada para a 8ª edição da Residência Artística Mulher-Território. A residência vai reunir, prioritariamente, artistas não brancas feministas para promover troca de experiências e trabalho conjunto, por 20 dias. A residência vai acontecer de 15 de janeiro até 3 de fevereiro de 2026.

Baixe a chamada completa em PDF clicando AQUI

Esta iniciativa se realizará em 3 povoados quilombolas dos municípios Lençóis e Palmeiras (Chapada Diamantina). Visamos promover, a partir das artes, a interação das artistas com o espaço rural e suas comunidades. As inscrições estão abertas até o dia 25 de outubro 2025.

 

“Mulher-Território” dá início a sua oitava edição, já tendo sido realizada em Volta da Serra (Bahia - 2022), Theous (França - 2023), Cabalango (Argentina - 2023), Pont de Barre (França - 2024), St Etienne (França - 2024), Bragança Paulista (São Paulo - 2024), e Saint Maurice en Chalencon (França - 2025).  Em todas as edições, a residência proporcionou um espaço  para artistas expandirem suas experiências de vida e de criação, compartilhando diferentes temáticas que envolvem a questão do corpo de mulher em relação ao território que habitam e que as habita. O contato com as outras residentes e com o espaço (natureza/cidade/povoado), junto às reflexões guiadas pelas mediadoras, resultam em propostas que conjugam as linguagens artísticas e a ação direta junto à comunidade feminina local e o território. 

 

Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal.

8° Edição

 

Nesta edição, aterrada na região da Chapada Diamantina (BA - Brasil), habitaremos os povoados quilombolas de Remanso (Lençóis), Corcovado e Tejuco (Palmeiras), que ficam localizados na zona rural. Quem faz a ponte entre as residentes e a comunidade são mulheres integrantes e parceiras da Otratierra - Escola de Artivismos e Instituto NAU, que atuam na região desde 2022, realizando encontros de formação e intercâmbio de saberes entre mulheres habitantes da zona rural e de municípios da Chapada Diamantina. Ao fim da residência, organizaremos um dia de intercâmbios em um dos povoados da região, reunindo mulheres e jovens de 10 comunidades da região da Chapada Diamantina: Volta da Serra, Cruz, Barriguda, Tejuco, Matão, Corcovado, Remanso, Lagoa dos Patos, Serra Negra e Taquari.

 

O foco principal desta edição é intercambiar danças e músicas presentes tanto nas três comunidades quilombolas que vamos residir, quanto na experiência das residentes. Numa dinâmica itinerante, propomos que a equipe de artistas habitem durante 5 dias em cada quilombo, e que tragam suas danças, memórias e saberes para que possamos conhecer, conversar e praticar com as mulheres dos povoados, aprendendo suas linguagens específicas e poéticas. Ao final, vamos coletivamente elaborar peças dançadas que reverberam as culturas de cada povoado. 

Informações sobre a residência: 

 

As artistas residentes serão hospedadas pelas próprias comunidades quilombolas em suas casas, e a alimentação será elaborada coletivamente com as mulheres que nos recebem, num desejo de intensificar a experiência de residência. Desta maneira, vamos habitar cada uma das três comunidades por 5 dias, numa dinâmica que se reveza entre rodas de conversa, laboratórios, práticas corporais coletivas e apresentação dos trabalhos em processo para cada comunidade quilombola. Uma vez feito esse intercâmbio de 5 dias com uma comunidade, as artistas se deslocam para o próximo povoado. E nos últimos 5 dias de residência iremos habitar uma nova comunidade, onde teremos um dia de descanso e três dias de preparação para a Jornada de Mulheres, que acontecerá em um povoado da região ainda a ser definido, encerrando a residência com atividades ao longo do dia e uma mostra coletiva dos resultados criativos  da residência. No total a residência acontecerá em 20 dias, sendo de 15 de janeiro a 3 de fevereiro de 2026.

 

Serão selecionadas até 8 artistas-residentes, sendo que 4 receberão:

- uma ajuda de custo de R$1200, 

- transporte interno: de ida e volta Salvador-Palmeiras ou entre outras cidades da Bahia até Palmeiras, e os transportes entre os quilombos no período da residência; 

- hospedagens e alimentação nas casas durante todo o período. 

 

As outras 4 artistas selecionadas poderão viabilizar sua participação contribuindo para cobrir as despesas da residência. 

 

A alimentação será preparada coletivamente. A manutenção e limpeza do espaços de convivência serão de responsabilidade coletiva. As artistas-residentes deverão trazer toalhas, roupas de cama, produtos de higiene pessoal, e alimentação específica, caso necessitem. Assim como materiais criativos (figurinos, instrumentos musicais, materiais audiovisuais ou plásticos) dos quais precisem para desenvolver suas pesquisas ao longo da residência. 


 

As artistas devem se comprometer com: 

  • A participação durante todo o processo de curadoria (explicado à seguir)

  • A participação presencial durante todo o período de 20 dias da  residência,  de  15 de janeiro a 3 de fevereiro de 2026

  • Seguir as instruções e decisões da equipe anfitriã

  • Colaborar e participar de todas as atividades propostas e previamente combinadas com a equipe e as comunidades

  • Enviar anamnese de saúde geral para equipe quando solicitada

  • Assinar as autorizações de uso de imagem com fins de divulgação e relatoria do projeto. 


 

Formato de inscrição: 

 

  • Enviar um áudio de apresentação de até 7 minutos (falando da sua experiência artística e comunitária, do seu interesse em participar desta experiência, das inquietações e referências sobre a noção Mulher- Corpo- Território e fazendo o exercício de imaginar quais danças/canções você proporia às mulheres dos quilombos que receberão as residentes). 

  • Enviar um arquivo pdf com fotos, links, etc. de seu trabalho vinculado ao assunto. 

  • Os dois arquivos deverão ser enviados pelo whatsapp ao número: + 71 991783067

 

Processo de seleção: 

 

A curadoria (seleção e acompanhamento) iniciará com  quatro encontros virtuais (nos dias 4/11 às 20h, 8/11 às 10h, e  13/11 às 10h30 e 26/11 às 19h ) guiados pelas artistas/mediadoras da Otratierra - Escola de Artivismos, do Instituto NAU e do coletivo Meninas da Fazenda. Em alguns destes encontros teremos a participação das articuladoras comunitárias dos quilombos que também contribuirão na seleção final das artistas com suas opiniões, intuições e desejos. 

 

O material enviado no grupo servirá de orientador para as trocas virtuais e o aprofundamento sobre a dinâmica e espírito desta residência. Esses encontros terão uma duração média de  duas horas.

 

Isso permitirá um compartilhamento com artistas que não têm a possibilidade de investir esse tempo/recursos integralmente, mas que poderão contribuir e compartilhar numa posição de ouvinte/colaboradora virtualmente. Por essa flexibilidade, encorajamos as artistas interessadas a enviar sua candidatura e participar do processo de curadoria que já será uma instância de encontro e intercâmbio. 

 

Critérios Curatoriais: 

A equipe curatorial será composta por 2 pessoas do Instituto NAU, 2 pessoas da Otratierra, 1 pessoa do Meninas Fazenda e 3 articuladoras comunitárias. 

 

Serão critérios orientadores para esta equipe curatorial, em ordem de aparecimento, que as pessoas: 

- sejam prioritariamente não brancas (pessoas que não vivem socialmente com privilégios de raça). Clique AQUI e AQUI para ler nossas recomendações para guiar a autodeclaração racial das candidatas.

- estejam disponíveis para estar presentes nos 20 dias de realização da residência e participe dos 4 encontros virtuais de curadoria.

- estejam disponíveis para conviver dentro das casas, cozinhas, banheiros, roças e matos junto com as pessoas dos povoados quilombolas que nos recebem. 

- com experiência no trabalho com comunidades não-brancas e/ou experiência com cultura popular e tradicional, experiência no trabalho com mulheres, experiência na zona rural.

- ligadas às artes do corpo (mestras populares, brincantes, dançarinas, performers, artistas da cena), que desenvolvem trabalhos ligados à cultura, identidade, ruralidades, territórios, comunidades, feminismos e justiça racial.

- por ordem: residentes na Chapada Diamantina, depois no nordeste, depois residentes na América Latina e/ou África lusófonas, e por último pessoas residentes em qualquer outro lugar do mundo. (ressaltamos que o projeto não terá tradução).

- a fluidez e propositividade para compor criativamente durante os encontros curatoriais

- declaração de impossibilidade de viabilizar sua participação sem apoio financeiro integral do projeto. 


 

Conheça a Otratierrra pelo instagram, facebook @otratierra.escola e no website www.otratierra.com.br 

 

Conheça os parceiros desta ação: o Coletivo Meninas Fazenda, no insta @meninasfazenda e o Instituto Nau, pelo insta @arteseutopia

 

Dúvidas e informações, pelo email: arteseutopia@gmail.com ou Instagram de @artesutopia

 

Esperamos vocês!

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